Ago 14th, 2007 by
Redacao TPAs 68 famílias dos conjuntos habitacionais Candeias I e Candeias II, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife, estão assustadas com o avanço do mar. A advogada Adriana Ferreira, moradora do conjunto conta que diariamente, por volta das 17h, por exemplo, quando a maré chega a 2,2 metros, as ondas chegam a bater no muro da fachada, e faz se mexerem os móveis do apartamento.
A dona de casa Marta Emília Araújo, que se mudou para o bairro de Candeias há 37 anos, lembra que, naquela época, o mar estava mais distante, “uns 200 metros”, afirma. Ela conta que durante todos esses anos, a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes já realizou duas obras para a contenção da maré. Uma delas, foi a construção de um muro de 200 metros de comprimento por oito de altura, há 16 anos.
Mas a síndica do conjunto habitacional, Walderez Guimarães, diz que novas obras são necessárias. “Queremos que as autoridades competentes façam o que for necessário para conter o avanço da maré”, reivindica.
O problema, na verdade, também incomoda os moradores de Piedade, outro bairro de Jaboatão na beira-bar.
O secretario de Saneamento e Meio Ambiente da cidade, Roberto Gomes, esclarece que, por hora, as únicas medidas que podem ser adotada são as chamadas “obras emergenciais”, como a colocação de pedras e sacos de areia na orla. “Outras quatro prefeituras do Grande Recife, Olinda, Paulista e a capital, estão esperando um lauda da Universidade Federal de Pernambuco para determinar soluções para o avanço da maré”.
